oca por dentro, sou um vazio que ninguém vê.
meu coração, querendo ser salvo, grita; o eco é sua única resposta.
não posso dizer ao certo quem eu sou, só quem deixei de ser. estou em uma busca de longa data por cores, mas tudo e só o que vejo é preto e branco.
meu nome deveria constar no dicionário como sinônimo de nada; permaneço em pé no meio de incêndios, mas perdi as contas de quantas vezes uma fagulha me derrubou.
sou uma música mal escrita, um livro cansativo, a programação de tv num domingo. sou um conjunto de adjetivos que, assim como eu, nunca vão se encaixar.
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