eu queria que a gente pudesse fingir só por um dia que tudo tá do mesmo
jeito que estava há três anos, só pra ver se eu sinto de novo o efeito que o seu
abraço me causava ou qualquer outra coisa. mas a gente
não pode, e você não liga.
não vou dizer que me tornei a
pessoa mais infeliz do mundo depois que você foi embora ou que não sei viver sem você. eu sei, e isso não aconteceu. eu até que sou feliz, sabia? apesar de não conseguir sentir nada, minha vida está nos trinques e meu cérebro sabe disso. ele é feliz, o meu cérebro. mas ele também sabe que há um contraste enorme entre isso e aquela felicidade que
você me trazia, aquela que ninguém nem chega perto de reproduzir.
eu preciso
tirar você de mim. eu tentei de tudo, meu deus do céu, como eu tentei,
mas você não sai e não é nem por você não deixar ou porque eu ainda
tenho esperança. você não deve nem lembrar do meu sorriso e minhas esperanças morreram há muito tempo, mas você não sai. você
não sai de jeito nenhum e, de todas as coisas do mundo, essa é a única que eu desejo
vai passar. eu sei que vai passar. mas, por enquanto, a única coisa que eu consigo sentir é a sua falta.
ela não me visita com muita frequência, mas quando ela vem, eu sinto tanto a sua falta que eu quase nem lembro que foi você quem me deixou nesse inferno que é o agora e trancou a porta.
não é amor. não é amor mas é uma coisa bem mais complexa do
que sentir falta porque eu já lidei com a falta e mesmo depois de todos esses anos, ainda não aprendi a lidar com você.
eu não sei o nome do que eu sinto,
mas sei
que precisa morrer.
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